sábado, 21 de junho de 2014

TEMA DO PROJETO: Alimentação Saudável

PREFEITURA  MUNICIPAL  DE JOÃO PESSOA
SECRETARIA DE  EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES S

TEMA DO PROJETO: Alimentação Saudável

PÚBLICO ALVO: Professores,  alunos, equipe pedagógica e administrativa da escola 

ÁREAS DE CONHECIMENTO: Linguagem Oral, Português, Matemática, Ciências, História e Geografia.

TURMA:  EJA                 TURNO: Noturno

PERÍODO: Dias 24, 25, 26, 27 e 28 de Março.             

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

 APRESENTAÇÃO:
A proposta de trabalho foi  empreendida a partir da sugestão advinda da ação Saúde na Escola que se propõe a  incentivar o espaço escolar como ambiente para a educação nutricional e promoção da alimentação saudável de crianças e jovens,  para assim,  contribuir para a formação de hábitos alimentares saudáveis. Nesse sentido, surge a necessidade  de inserir esse tema no conteúdo programático, nos diferentes níveis de ensino proporcionando dessa forma   aos educandos crianças , jovens e adultos  o acesso à informação e formação  para a escolha e adoção de práticas alimentares (e de vida) saudáveis.
Essas ações foram vividas e concretizadas nas salas de aula na semana de 24 a 28 de março nos turnos, manhã, tarde e noite junto aos educandos do Ensino fundamental e Modalidade da EJA, conforme as orientações do projeto inicial. Portanto participaram diretamente dessa ação no turno noturno aproximadamente 250 pessoas  envolvendo alunos, professores e equipe técnica da escola.
Os objetivos da proposta foram os de despertar  os alunos sobre a importância de uma alimentação saudável sem perder o prazer de comer,  conhecer a origem dos alimentos: fígado, peixe, proteína texturizada da soja e frutas, compreender a importância dos seus principais nutrientes,  entender a importância e benefícios no consumo saudável  bem como  construir receitas.
A partir desses objetivos norteadores  das ações buscou-se incentivar  um consumo de alimentos  mais saudáveis  respeitando a identidade cultural-alimentar dos envolvidos, porém sem esquecer os valores  sociais, afetivos/emocionais e comportamentais, que precisam ser cuidadosamente integrados às propostas de mudanças para uma  alimentação mais saudável  que contenha   água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, para que  se possa desfrutar  de  todas as fases da vida de forma produtiva e ativa, longa e saudável.

2.  METODOLOGIA DE TRABALHO:
Os alunos foram organizados para  trabalhar em grupos  ou individual de acordo com as seguintes atividades:
Leituras diversas; músicas; diversos gêneros textuais em especial a receita; trabalhos de Arte; bingo das frutas; atividades de matemática; pesquisas; entrevistas; construção de cardápios, tabelas, receitas; desenhos; murais; propagandas; vídeos; documentários sobre a temática abordada etc.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
            As atividades foram desenvolvidas em todas as  salas de aula durante a semana da “Alimentação Saudável” assuntos relacionados com a importância do consumo de fígado, peixe, proteína texturizada da soja e frutas.
•          EJA e PROJOVEM – Tema: Fígado.
A seguir descrevemos as ações mais significativas desenvolvidas e apresentadas na Culminância: Projeto Alimentação Saudável que  se realizou  no dia 29/03/2014.

MODALIDADE   EJA

                               Relatório do Projeto Alimentação Saudável

    Este relatório tem como objetivo demonstrar as atividades desenvolvidas no projeto Alimentação Saudável no ciclo II A da Escola Luiz Vaz de Camões sob a orientação da supervisão escolar. Trabalhar esse tema com a EJA foi muito enriquecedor, pois partimos do conceito do que seria uma Alimentação Saudável e a sua importância para a vida. Haja vista, que as pesquisas comprovam que uma boa alimentação tem um papel fundamenta na prevenção e no tratamento de doenças.
  Partindo deste pressuposto desenvolvemos as seguintes atividades:
Ø  Discussão sobre a importância de uma boa alimentação;
o   Quais os nutrientes dos alimentos;
o   Quais as necessidades diárias de nutrientes o ser humano precisa na sua respectiva faixa etária;
o   Lista de alimentos consumidos por eles no seu dia a dia;
Trabalhar os rótulos dos alimentos e fazer o levantamento dos nutrientes de cada um para parti  daí construir um painel com os nutrientes de cada alimento;




Ø  Construção de uma pirâmide alimentar observando as necessidades diárias do ser humano contextualizando com a sua realidade;
Ø  Apresentar o FÍGADO como alimento de estudo neste projeto , seus nutrientes e sua importância na nossa alimentação;


Levantamento de receitas caseiras com fígado que os alunos degustavam com sua família: 






Ø  Construção de um ” Livro de Receitas com Fígado para o nosso bem estar”, aonde as receitas foram construídas pelos alunos;
Ø  Concluímos as atividades com relatos de alguns alunos sobre as ações desenvolvidas neste projeto e com a degustação de todas as receitas contidas no livro.


Considerações:

  Consideramos de suma importância trabalhar Alimentação Saudável em especial o alimento Fígado, pois percebemos que muitos desconheciam seus valores nutricionais e que a partir deste estudo o fígado passou a fazer parte das suas refeições diárias.

Regina Celi Delfino da Silva 





ABERTURA DO ANO LETIVO 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO O PESSOA
SECRETARIA DE EDUCAÇAO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES
MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ABERTURA DO ANO LETIVO 2014
RELATÓRIO
DATA: 06/02/2014
1º Momento
Acolhida: Música Ambiente- Recepção feita pela equipe pedagógica e professores  da EJA:

COMPOSIÇÃO DA MESA – PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS EM GERAL

Hino Nacional: Entoação do Hino Nacional – Vídeo Oficial

Direção: Apresentação de professores  e  equipe de funcionários.

Orientações sobre a EJA na organização de CICLO:

 A EJA se organiza em três CICLOS: 

1º Segmento (Ciclos I e II) e 2º Segmento (Ciclos III e IV) no período de 01 ano letivo cada ciclo. Obedecendo a 200 dias com 800 horas/aula e os componentes curriculares da Base Comum Nacional: 1º Segmento da EJA: Língua Portuguesa - Matemática - Estudos da Sociedade e da Natureza. E o   Segmento da EJA: Língua portuguesa – Artes- Matemática- Ciências-História- Geografia- Ensino religioso - Língua estrangeira moderna.

Ano letivo  2013: Retrospectiva do Ano Letivo de 2013-

Apresentação do Rendimento Escolar


Ciclo
Mat inicial
Transf.
Aband.
Aprov.
Reprov.
Mat. final
Ind. Aprov.
Ind. Reprov.
Ind. Aband.
Ind.
Transf.
I
32
00
15
07
10
17
21,9%
31,3%
46,9 %

II
52
01
23
21
07
28
40,4%
13,5%
44,2%
1,9%
III
122
04
76
35
07
42
28,6%
5,7%
62,%
3,2%
IV
48
05
18

21
04

25
43,8%
8,3%
37,5%
10,4%
Total
254
10
132
84
28
112
33%
11,2%
51,9%
3,9%



Orientações sobre as Normas da Escola (Diretor Adjunto:  Zé Carlos)
Leitura e discussão do Regimento Escolar
2º Momento
Entrega da lista aos professores e chamada Individual dos alunos por turma para se organizarem na sala de aula.

Atividades na sala de aula: Dinâmica de apresentação

Texto reflexivo:
“OS CAMINHOS NOTURNOS DO APRENDER”
“Gosto de acordar cedo, quando as ruas ainda estão vazias e ainda se ouve o silêncio  e ver a cidade vagarosamente despertar. Pelo meu caminho vou encontrando as donas de casa, varrendo calçadas, ou reunidas em torno de suas vassouras, conversando. Rostos já conhecidos, nos pontos de ônibus, sempre à mesma hora a caminho do trabalho. Passam os trabalhadores, radinhos de pilha ligados, gozando seu cigarrinho que lhes fala de liberdade, este pequeno espaço que se esvai na fumaça. Os pais passando apressados levando seus filhos para escola. Começa o tempo do trabalho. Em tempos idos as fábricas se encarregavam de acordar os preguiçosos da sonolência, com seus longos apitos, dizendo que já era hora. Hoje os apitos se tornaram obsoletos, pois cada um, sem o saber, carrega o seu no pulso, vistosos mostradores japoneses com inúmeros botões, que cantam o tempo a cada quarto de hora. Imagino que nas casas os fogões se acendem, a água ferve, o café é coado, a manteiga é passada no pão, e os corpos ressuscitam do torpor do sono e do encanto dos sonhos para o tempo do dever: É preciso trabalhar. E aos poucos, o tempo das lojas, dos bancos, das contas a pagar, das fábricas, vai se apossando do corpo que é possuído pela luta implacável pela sobrevivência.
Quando o dia vai chegando ao fim, o movimento se inverte e os rostos cansados fazem o caminho contrário, para a sopa, a novela, a leitura, para a alegria do reencontro ou para a monotonia das proximidades que se esgotaram, para a solidão, para o sono, porque amanhã é outro dia, e é preciso acordar cedo, tomar o café, ir para o trabalho...
Mais é ai que a cidade desperta para outro tempo: tempo dos barzinhos, da cerveja, da boemia, dos concertos, dos secretos e proibidos rituais oníricos, para o amor. É também o tempo do escuro, do medo, do terror noturno, das coisas que se fazem sobre a proteção da noite, da violência, das portas fechadas...
Mas há aqueles que fazem um caminho diferente, como se fizessem à noite aquilo que deveriam ter feito durante o dia, e que não voltam para casa e nem vão para festa. Vão para a escola.
            Quem são estes?
            Que pretendem?
            Quais os seus sonhos ?
Luta contra a monotonia do dia ?
Fuga da solidão?
Procuram, na noite, um saber que os levará a dias melhores?
Procuram um tempo perdido?
Estarão ali, nas salas de aula, na luta contra o cansaço e o sono, a vontade é mais forte que tudo, enfrentando todos os sacrifícios, porque estão cheios de sonhos e esperanças?
Serão os pobres que a pobreza obriga a trabalhar de dia, só lhes restando estudar a noite, pagando a educação com aquilo que ganharam?
Ou serão outros, abastados, mas que não encontraram um sentido para vida, e procuram tardiamente aquilo que deveriam ter tido muito antes?
Serão os moços?
Ou os velhos?
Talvez uma mistura de tudo...
E ali, na sala de aula, diante dos seus alunos assentados o professor sensível poderá perceber que ele se encontra diante de muitos mistérios. O saber que ele serve será comido por bocas muito diferentes. Umas, famintas, desejosas de mais. Outras, enfadadas, por estarem ali só com seus corpos. Parodiando a Cecília: ‘os corpos naquelas salas, as almas por longes terras...’
Talvez ali que, nas salas da escola noturna, a alma da nossa gente com todas as suas contradições, esperanças e equívocos esteja mais presente que nas escolas do dia...”.
Rubem Braga


Regina Celi Delfino da Silva
João Pessoa, 12/03/2014


PROJETO: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO  PESSOA

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA

 ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES 

MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

 PROJETO: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA


 Público-alvo: Professoras e Alunos do 1º segmento da E.J.A. (Educação de Jovens e Adultos) 
Período: De 14 à 16 de abril de 2014 I 

I - OBJETIVO GERAL: 
Trabalhar o tema Páscoa, explicando o verdadeiro sentido, desde o surgimento até os dias atuais.

 II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

 1. Reconhecer a importância de estudar o tema Páscoa;
 2. Conhecer os principais símbolos da Páscoa e seus significados;
3. Cantar músicas relacionadas à Páscoa (Ressuscitou! Ô aleluia!);
 4. Desenhar e pintar imagens que lembrem a passagem da vida e morte de Jesus Cristo;
 5. Produzir textos a partir de gravuras;
 6. Reproduzir textos a partir de outros;
 7. Montar painéis relacionados à Páscoa.

 III – JUSTIFICATIVA: 

  O projeto O verdadeiro sentido da Páscoa tem por finalidade explicar aos nossos alunos a importância de conhecer a história do surgimento da Páscoa. Sabendo que a primeira Páscoa foi celebrada no Egito, quando Moisés reuniu o povo Hebreu que vivia escravizado pelo Faraó, eles participaram comendo cordeiro (macho de um ano, sem nenhum defeito), pães asmos (pães sem fermento) e ervas amargas. Depois disto, a Páscoa foi celebrada por Jesus Cristo muito tempo depois. Páscoa significa mudanças de uma vida de sofrimento para outra de vitórias que inclui paz, amor, prosperidade, saúde e harmonia no lar. Jesus Cristo sofreu muito e morreu, mas ao terceiro dia Ele ressuscitou para uma vida eterna. Temos que mostrar aos nossos alunos que as lutas que eles têm hoje em vir à escola, esforçar-se nas tarefas, serão recompensadas por um futuro melhor para eles e para sua família. As lutas que temos, os sofrimentos de hoje passarão, e se confiarmos em Deus teremos vitórias.

 IV – INTERDISCIPLINARIDADE:

  Serão integradas as seguintes disciplinas:
 • Português – Produção e reprodução de textos, leitura, escrita, treino ortográfico, estudo de vocabulário, etc.;
• Artes – Desenhos, pinturas, músicas, dramatizações;
 • Ensino Religioso – o estudo do texto bíblico;
 • História/ Geografia – texto histórico: O surgimento da Páscoa no Egito e História de Faraó.

 V – RECURSO MATERIAL
 • Papel (ofício, 40, laminado, madeira, etc.);
 • Lápis de cor e hidrocor, de quadro branco e giz; • Livros de História e textos bíblicos;
 • Dicionário;
 • Quadro Branco e de giz.


 VI – AVALIAÇÃO:

A avaliação será de forma qualitativa. Serão observados os seguintes aspectos:
 • Pontualidade;
 • Assiduidade;
 • Criatividade;
 • Liderança de grupo.

 VII – PRODUTO FINAL:

    Depois de trabalhado o projeto, ao final será apresentado no último dia uma culminância com uma exposição de todos os trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Na ocasião, serão distribuídos lanches.

 VIII – BIBLIOGRAFIA:
  • Sites informativos;
 • Bíblia Sagrada.

 IX – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
Dia 14/04 – apresentação do Projeto. Iniciação com um texto ou conversa informativa;
 Dia 15/04 – produção e reprodução de texto/ desenho e pintura sobre os símbolos da Páscoa;
 Dia 16/04 – Será dividido em três etapas: 1ª Etapa - Montagem de um painel sobre a Páscoa; 2ª Etapa - 
Culminância: apresentação das atividades realizadas em sala de aula; 3ª Etapa - Lanche coletivo.


PÁSCOA: TRABALHANDO VALORES
RELATÓRIO CULMINÂNCIA

Ø  Acolhida: Música Ambiente: Professor de Artes: 


Profº Música - Demóstenes


Profº Música - Demóstenes


Ø  Organização do Ambiente: Painéis trabalhados  na salas de aula do 1º Segmento EJA: 




Ø  Palestra: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA- 
Objetivo: Trabalhar o tema Páscoa, explicando o verdadeiro sentido, desde o surgimento até os dias atuais.

José Carlos: Diretor adjunto


Ø  Via Sacra: Leonardo Boff- Leitura Compartilhada






TEXTO: VIA-SACRA, por Leonardo Boff
1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO À MORTE
NAQUELE TEMPO: CRISTO FOI CONDENADO
HOJE: JESUS CONTINUA A SER CONDENADO
O pecado do mundo, que matou o Filho de Deus, continua a matar os filhos e filhas de Deus. A paixão de Jesus se prolonga na paixão de nosso povo sofrido. Há por todas as partes sede de justiça, fome de equidade e ânsia de fraternidade. Procura-se criar as condições sociais, econômicas, políticas, pedagógicas e religiosas para concretizar a justiça ao maior número possível. Só assim a justiça deixa de ser mero desejo e começa a ser realidade concreta. Mas é também aqui que principiam os obstáculos.

2ª ESTAÇÃO: JESUS TOMA A CRUZ AOS OMBROS
NAQUELE TEMPO: JESUS CARREGOU SUA CRUZ
HOJE: JESUS CONTINUA A CARREGAR A CRUZ
Toda libertação e todo sofrimento verdadeiro no direito e na justiça reclamam um preço a ser pago. Essa cruz imposta aos já crucificados pela desumanização da vida é crime que não escapa ao juízo de Deus. Desde que, em Jesus Cristo, Deus mesmo foi crucificado na cruz, não há nenhuma cruz imposta injustamente que lhe seja indiferente. Ele é solidário com todos aqueles que pendem de uma cruz. A humilhação deles é também a sua. Não carregam a cruz sozinhos. Jesus a carrega com eles e neles. Mas essa cruz, por mais desagregadora que seja, é digna, porque é conseqüência de um compromisso digno, que é viver e lutar para que haja cada vez menos cruzes injustas para os outros.

3ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS CAIU PELA PRIMEIRA VEZ
HOJE: JESUS CONTINUA CAINDO
A história geralmente vem contada pelos que triunfaram. São eles que, para imortalizar seus feitos, guardam as memórias documentais, levantam monumentos e fazem cantar epopéias.E a história dos vencidos e caídos, quem a contará? Eles são esquecidos. As ruínas e os sofrimentos deixados pelos arrivistas são recalcados, sua memória apagada e a culpa silenciada. Existe uma anti-historia dos caídos de cujo drama sangrento somente Deus conhece as verdadeiras dimensões. É o grupo de agricultores que se reuniu para defender o direito assegurado de suas terras e foi massacrado. São as tribos de índios que foram enxotadas de suas reservas e foram sendo dizimadas pela subnutrição e pelas doenças. São os operários de fábricas que, por reivindicarem salários mais justos, foram demitidos, perseguidos, e seus líderes, dados por desaparecidos.
Todos esses são caídos. É Jesus que, ao largo da via-sacra histórica, vai novamente caindo. Ele já ressuscitou e está na glória de seu Pai. Mas sua ressurreição não está completa, porque sua paixão na paixão de seus irmãos e irmãs ainda prossegue.

4ª ESTAÇÃO: JESUS SE ENCONTRA COM SUA AFLITA MÃE
NAQUELE TEMPO: JESUS SE ENCONTROU COM SUA MÃE
HOJE: CONTINUA O ENCONTRO DE JESUS COM MARIA
Maria continua se compadecendo de seus filhos e filhas, acompanha-os em seus sofrimentos, reconforta-os com seu olhar de compreensão, de apoio, de aprovação, como fez com seu filho Jesus. Na glória não fica indiferente ao drama dos seres humanos. Como em seu Magnificat, em que toma partido pelos humildes contra os orgulhosos, pelos pobres contra os prepotentes, continua a suscitar mulheres corajosas que se empenham na realização da justiça e na superação das discriminações impostas secularmente à mulher.

5ª ESTAÇÃO: SIMÃO CIRENEU AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ
NAQUELE TEMPO: SIMÃO CIRENEU AJUDOU JESUS
HOJE: SIMÃO CIRENEU CONTINUA A AJUDAR
Nunca faltarão neste mundo espíritos grandes e abnegados que, embora pertencendo a uma classe social mais beneficiada, se solidarizem com aqueles que estão por baixo, façam corpo com suas esperanças e sofram com suas penúrias. Haverá sempre Simões Cireneus, feitos pessoas, feitos classes inteiras, que se prestarão a carregar a cruz do Jesus que sofre e quase sucumbe nas vidas de milhões de trabalhadores e de oprimidos.

6ª ESTAÇÃO: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS
NAQUELE TEMPO: VERÔNICA ENXUGOU O ROSTO DE JESUS
HOJE: VERÔNICA CONTINUA A ENXUGAR O ROSTO
Os homens piedosos sempre perguntaram: Onde encontramos Deus? As religiões demarcaram os principais lugares e situações privilegiadas na quais podemos encontrar Deus: na oração, na interiorização, na vida simples e ascética, no serviço desinteressado ao próximo. Os cristãos sabem que encontram Deus na Igreja, em seus sacramentos, nas palavras sagradas das Escrituras, no encontro fraterno e no amor ao próximo.
O manto de verônica nos recorda, pelos séculos afora, a face do Filho do Homem, feito Servo sofredor. Enxugando o rosto do irmão atormentado pela paixão dolorosa da vida, estamos enxugando o rosto de Jesus que continua a se apresentar dolorido à compaixão amorosa dos homens.

7ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS CAIU PELA SEGUNDA VEZ
HOJE: JESUS CONTINUA CAINDO
Há tantos que foram de tal forma golpeados pela vida e sofreram tão clamorosas injustiças que não conseguem mais crer na esperança. Outros foram tão profundamente marcados pelas desgraças, especialmente aquelas provocadas pela maldade humana, que se tornaram céticos e incapazes de aceitar um sentido para a história global. Há os que entregaram os pontos, se cansaram de sublimar, desistiram de esperar e se renderam aos impulsos rudimentares da vida, do prazer e da autodestruição por algum vício. Há um exército de irrecuperáveis, considerados peso morto da história.
Jesus, que foi considerado “a escória da humanidade”(Is 53,3), faz corpo com todos esses. Neles ele continua caindo. É no chão que Jesus os encontra e é aí que quer salvá-los.

8ª ESTAÇÃO: JESUS EXORTA AS MULHERES DE JERUSALÉM
NAQUELE TEMPO: MULHERES CHORAVAM POR JESUS
HOJE: MULHERES CONTINUAM A CHORAR POR JESUS
Se não tivermos um espírito de discernimento, estamos condenados a repetir a mesma tragédia ao largo da história. Assim existem grupos, especialmente dos estratos opulentos da sociedade, que utilizam o símbolo da cruz e o fato da morte redentora de Cristo para justificar a necessidade do sofrimento e da morte e impedir que os oprimidos façam ouvir os clamores das injustiças e as lamúrias de sua humilhação. O apelo à morte redentora do Senhor quer ocultar a iniqüidade daqueles que, precisamente por suas práticas e interesses egoísticos, provocam a cruz e a morte nos outros.

9ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS CAIU NOVAMENTE
HOJE: JESUS CAIRÁ SEMPRE
Há muitos que vivem distantes de Deus por seus pecados. Sofrem porque gostariam de estar na proximidade da graça e não conseguem. Caem e recaem. Um mecanismo pecaminoso os envolve e os atira continuamente à mesma iniqüidade. Converter-se-iam se lhes fossem dadas a força e as condições da liberdade. Estes não estão longe de Deus nem do reino. O reconhecimento humilde de sua situação de que os pode lançar nas mãos misericordiosas do Pai. Estão por terra, mas não se afogou a esperança.

10ª ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
NAQUELE TEMPO: JESUS FOI DESNUDADO
HOJE: JESUS CONTINUA A SER DESNUDADO
O ser humano pode, mesmo violado, conferir um sentido à sua desgraça. Não se deixa vencer e tomar pelo mal: vence o mal pelo bem; pode oferecer a vida como perdão aos inimigos e como sacrifício para Deus. O mártir de outrora podia dizer, face aos que lhe infligiam torturas: “Estas não são torturas, impostas por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas são unções”, pois “no caminho da libertação a morte é a mais sublime festa”. Nesses vilipendiados é vilipendiado Jesus Cristo, que está sofrendo com os homens até o final dos tempos.

11ª ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ
NAQUELE TEMPO: JESUS FOI CRUSCIFICADO
HOJE: JESUS CONTINUA SENDO PREGADO NA CRUZ
Não há estações suficientes nesta via dolorosa que possam retratar todas as formas pelas quais o Senhor continua sendo perseguido, aprisionado, condenado e novamente crucificado. Mais que sofrer, Jesus prossegue o seu oferecimento aos irmãos e a Deus, continua a perdoar e persiste em amar a todos até o fim.