O objetivo deste Blog é divulgar as ações desenvolvidas na Modalidade da Educação de Jovens e Adultos nas Escolas Públicas da rede municipal de João Pessoa-PB.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
TEMA DO PROJETO: Alimentação Saudável
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SECRETARIA
DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA
MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES S
TEMA
DO PROJETO: Alimentação Saudável
PÚBLICO ALVO: Professores, alunos, equipe pedagógica e administrativa da
escola
ÁREAS DE CONHECIMENTO: Linguagem Oral, Português, Matemática, Ciências,
História e Geografia.
TURMA: EJA TURNO: Noturno
PERÍODO: Dias 24, 25, 26, 27 e 28 de Março.
RELATÓRIO
DE ATIVIDADES
APRESENTAÇÃO:
A
proposta de trabalho foi empreendida a
partir da sugestão advinda da ação Saúde na Escola que se propõe a incentivar o espaço escolar como ambiente
para a educação nutricional e promoção da alimentação saudável de crianças e
jovens, para assim, contribuir para a formação de hábitos
alimentares saudáveis. Nesse sentido, surge a necessidade de inserir esse tema no conteúdo programático,
nos diferentes níveis de ensino proporcionando dessa forma aos educandos
crianças , jovens e adultos o acesso à
informação e formação para a escolha e
adoção de práticas alimentares (e de vida) saudáveis.
Essas
ações foram vividas e concretizadas nas salas de aula na semana de 24 a 28 de
março nos turnos, manhã, tarde e noite junto aos educandos do Ensino fundamental
e Modalidade da EJA, conforme as orientações do projeto inicial. Portanto
participaram diretamente dessa ação no turno noturno aproximadamente 250 pessoas envolvendo alunos, professores e equipe
técnica da escola.
Os
objetivos da proposta foram os de despertar
os alunos sobre a importância de uma alimentação saudável sem perder o
prazer de comer, conhecer a origem dos
alimentos: fígado, peixe, proteína texturizada da soja e frutas, compreender a
importância dos seus principais nutrientes,
entender a importância e benefícios no consumo saudável bem como construir receitas.
A
partir desses objetivos norteadores das
ações buscou-se incentivar um consumo de
alimentos mais saudáveis respeitando a identidade cultural-alimentar
dos envolvidos, porém sem esquecer os valores sociais, afetivos/emocionais e comportamentais,
que precisam ser cuidadosamente integrados às propostas de mudanças para
uma alimentação mais saudável que contenha
água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, para
que se possa desfrutar de todas as fases da vida de forma produtiva e
ativa, longa e saudável.
2. METODOLOGIA DE TRABALHO:
Os
alunos foram organizados para trabalhar
em grupos ou individual de acordo com as
seguintes atividades:
Leituras
diversas; músicas; diversos gêneros textuais em especial a receita; trabalhos
de Arte; bingo das frutas; atividades de matemática; pesquisas; entrevistas;
construção de cardápios, tabelas, receitas; desenhos; murais; propagandas;
vídeos; documentários sobre a temática abordada etc.
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
As
atividades foram desenvolvidas em todas as
salas de aula durante a semana da “Alimentação Saudável” assuntos
relacionados com a importância do consumo de fígado, peixe, proteína
texturizada da soja e frutas.
• EJA e PROJOVEM – Tema: Fígado.
A
seguir descrevemos as ações mais significativas desenvolvidas e apresentadas na
Culminância: Projeto Alimentação Saudável que
se realizou no dia 29/03/2014.
MODALIDADE EJA
Relatório do Projeto Alimentação Saudável
Este relatório tem como objetivo demonstrar
as atividades desenvolvidas no projeto Alimentação Saudável no ciclo II A da
Escola Luiz Vaz de Camões sob a orientação da supervisão escolar. Trabalhar
esse tema com a EJA foi muito enriquecedor, pois partimos do conceito do que
seria uma Alimentação Saudável e a sua importância para a vida. Haja vista, que
as pesquisas comprovam que uma boa alimentação tem um papel fundamenta na
prevenção e no tratamento de doenças.
Partindo deste pressuposto desenvolvemos as
seguintes atividades:
Ø Discussão
sobre a importância de uma boa alimentação;
o
Quais os nutrientes dos alimentos;
o
Quais as necessidades diárias de
nutrientes o ser humano precisa na sua respectiva faixa etária;
o
Lista de alimentos consumidos por eles
no seu dia a dia;
Trabalhar os rótulos
dos alimentos e fazer o levantamento dos nutrientes de cada um para parti daí construir um painel com os nutrientes de
cada alimento;
Ø Construção
de uma pirâmide alimentar observando as necessidades diárias do ser humano
contextualizando com a sua realidade;
Ø Apresentar
o FÍGADO como alimento de estudo neste projeto , seus nutrientes e sua
importância na nossa alimentação;
Levantamento de receitas caseiras com fígado que
os alunos degustavam com sua família:
Ø Construção
de um ” Livro de Receitas com Fígado para o nosso bem estar”, aonde as receitas
foram construídas pelos alunos;
Ø Concluímos
as atividades com relatos de alguns alunos sobre as ações desenvolvidas neste
projeto e com a degustação de todas as receitas contidas no livro.
Considerações:
Consideramos de suma importância trabalhar Alimentação
Saudável em especial o alimento Fígado, pois percebemos que muitos desconheciam
seus valores nutricionais e que a partir deste estudo o fígado passou a fazer
parte das suas refeições diárias.
Regina
Celi Delfino da Silva
ABERTURA DO ANO LETIVO 2014
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO O PESSOA
SECRETARIA DE EDUCAÇAO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE
CAMÕES
MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ABERTURA DO ANO LETIVO 2014
RELATÓRIO
DATA:
06/02/2014
1º Momento
Acolhida: Música
Ambiente- Recepção feita pela equipe pedagógica e professores da EJA:
COMPOSIÇÃO
DA MESA
– PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS EM GERAL
Hino
Nacional: Entoação do Hino Nacional – Vídeo Oficial
Direção: Apresentação
de professores e equipe de funcionários.
Orientações
sobre a EJA na organização de CICLO:
A
EJA se organiza em três CICLOS:
1º Segmento (Ciclos I e II) e 2º Segmento (Ciclos
III e IV) no período de 01 ano letivo cada ciclo. Obedecendo a 200 dias com 800
horas/aula e os componentes curriculares da Base Comum Nacional: 1º Segmento da
EJA: Língua Portuguesa - Matemática - Estudos da Sociedade e da Natureza. E o 2º Segmento da EJA: Língua portuguesa –
Artes- Matemática- Ciências-História- Geografia- Ensino religioso - Língua
estrangeira moderna.
Ano
letivo 2013: Retrospectiva
do Ano Letivo de 2013-
Apresentação do Rendimento Escolar
Ciclo
|
Mat inicial
|
Transf.
|
Aband.
|
Aprov.
|
Reprov.
|
Mat. final
|
Ind. Aprov.
|
Ind. Reprov.
|
Ind. Aband.
|
Ind.
Transf.
|
I
|
32
|
00
|
15
|
07
|
10
|
17
|
21,9%
|
31,3%
|
46,9 %
|
|
II
|
52
|
01
|
23
|
21
|
07
|
28
|
40,4%
|
13,5%
|
44,2%
|
1,9%
|
III
|
122
|
04
|
76
|
35
|
07
|
42
|
28,6%
|
5,7%
|
62,%
|
3,2%
|
IV
|
48
|
05
|
18
|
21
|
04
|
25
|
43,8%
|
8,3%
|
37,5%
|
10,4%
|
Total
|
254
|
10
|
132
|
84
|
28
|
112
|
33%
|
11,2%
|
51,9%
|
3,9%
|
Orientações
sobre as Normas da Escola (Diretor Adjunto: Zé Carlos)
Leitura e discussão do Regimento Escolar
2º Momento
Entrega da lista aos professores e chamada
Individual dos alunos por turma para se organizarem na sala de aula.
Atividades na sala de aula: Dinâmica de apresentação
Texto reflexivo:
“OS
CAMINHOS NOTURNOS DO APRENDER”
“Gosto
de acordar cedo, quando as ruas ainda estão vazias e ainda se ouve o silêncio e ver a cidade vagarosamente despertar. Pelo
meu caminho vou encontrando as donas de casa, varrendo calçadas, ou reunidas em
torno de suas vassouras, conversando. Rostos já conhecidos, nos pontos de
ônibus, sempre à mesma hora a caminho do trabalho. Passam os trabalhadores,
radinhos de pilha ligados, gozando seu cigarrinho que lhes fala de liberdade,
este pequeno espaço que se esvai na fumaça. Os pais passando apressados levando
seus filhos para escola. Começa o tempo do trabalho. Em tempos idos as fábricas
se encarregavam de acordar os preguiçosos da sonolência, com seus longos
apitos, dizendo que já era hora. Hoje os apitos se tornaram obsoletos, pois
cada um, sem o saber, carrega o seu no pulso, vistosos mostradores japoneses
com inúmeros botões, que cantam o tempo a cada quarto de hora. Imagino que nas
casas os fogões se acendem, a água ferve, o café é coado, a manteiga é passada
no pão, e os corpos ressuscitam do torpor do sono e do encanto dos sonhos para
o tempo do dever: É preciso trabalhar. E aos poucos, o tempo das lojas, dos
bancos, das contas a pagar, das fábricas, vai se apossando do corpo que é possuído
pela luta implacável pela sobrevivência.
Quando
o dia vai chegando ao fim, o movimento se inverte e os rostos cansados fazem o
caminho contrário, para a sopa, a novela, a leitura, para a alegria do
reencontro ou para a monotonia das proximidades que se esgotaram, para a
solidão, para o sono, porque amanhã é outro dia, e é preciso acordar cedo,
tomar o café, ir para o trabalho...
Mais
é ai que a cidade desperta para outro tempo: tempo dos barzinhos, da cerveja,
da boemia, dos concertos, dos secretos e proibidos rituais oníricos, para o
amor. É também o tempo do escuro, do medo, do terror noturno, das coisas que se
fazem sobre a proteção da noite, da violência, das portas fechadas...
Mas
há aqueles que fazem um caminho diferente, como se fizessem à noite aquilo que
deveriam ter feito durante o dia, e que não voltam para casa e nem vão para
festa. Vão para a escola.
Quem são estes?
Que pretendem?
Quais os seus sonhos ?
Luta
contra a monotonia do dia ?
Fuga
da solidão?
Procuram,
na noite, um saber que os levará a dias melhores?
Procuram
um tempo perdido?
Estarão
ali, nas salas de aula, na luta contra o cansaço e o sono, a vontade é mais
forte que tudo, enfrentando todos os sacrifícios, porque estão cheios de sonhos
e esperanças?
Serão
os pobres que a pobreza obriga a trabalhar de dia, só lhes restando estudar a
noite, pagando a educação com aquilo que ganharam?
Ou
serão outros, abastados, mas que não encontraram um sentido para vida, e
procuram tardiamente aquilo que deveriam ter tido muito antes?
Serão
os moços?
Ou
os velhos?
Talvez
uma mistura de tudo...
E
ali, na sala de aula, diante dos seus alunos assentados o professor sensível
poderá perceber que ele se encontra diante de muitos mistérios. O saber que ele
serve será comido por bocas muito diferentes. Umas, famintas, desejosas de
mais. Outras, enfadadas, por estarem ali só com seus corpos. Parodiando a
Cecília: ‘os corpos naquelas salas, as almas por longes terras...’
Talvez
ali que, nas salas da escola noturna, a alma da nossa gente com todas as suas
contradições, esperanças e equívocos esteja mais presente que nas escolas do
dia...”.
Rubem Braga
Regina Celi
Delfino da Silva
João Pessoa,
12/03/2014
PROJETO: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES
MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
PROJETO: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA
Público-alvo: Professoras e Alunos do 1º segmento da E.J.A. (Educação de Jovens e Adultos)
Período: De 14 à 16 de abril de 2014 I
I - OBJETIVO GERAL:
Trabalhar o tema Páscoa, explicando o verdadeiro sentido, desde o surgimento até os dias atuais.
II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Reconhecer a importância de estudar o tema Páscoa;
2. Conhecer os principais símbolos da Páscoa e seus significados;
3. Cantar músicas relacionadas à Páscoa (Ressuscitou! Ô aleluia!);
4. Desenhar e pintar imagens que lembrem a passagem da vida e morte de Jesus Cristo;
5. Produzir textos a partir de gravuras;
6. Reproduzir textos a partir de outros;
7. Montar painéis relacionados à Páscoa.
III – JUSTIFICATIVA:
O projeto O verdadeiro sentido da Páscoa tem por finalidade explicar aos nossos alunos a importância de conhecer a história do surgimento da Páscoa. Sabendo que a primeira Páscoa foi celebrada no Egito, quando Moisés reuniu o povo Hebreu que vivia escravizado pelo Faraó, eles participaram comendo cordeiro (macho de um ano, sem nenhum defeito), pães asmos (pães sem fermento) e ervas amargas. Depois disto, a Páscoa foi celebrada por Jesus Cristo muito tempo depois. Páscoa significa mudanças de uma vida de sofrimento para outra de vitórias que inclui paz, amor, prosperidade, saúde e harmonia no lar. Jesus Cristo sofreu muito e morreu, mas ao terceiro dia Ele ressuscitou para uma vida eterna. Temos que mostrar aos nossos alunos que as lutas que eles têm hoje em vir à escola, esforçar-se nas tarefas, serão recompensadas por um futuro melhor para eles e para sua família. As lutas que temos, os sofrimentos de hoje passarão, e se confiarmos em Deus teremos vitórias.
IV – INTERDISCIPLINARIDADE:
Serão integradas as seguintes disciplinas:
• Português – Produção e reprodução de textos, leitura, escrita, treino ortográfico, estudo de vocabulário, etc.;
• Artes – Desenhos, pinturas, músicas, dramatizações;
• Ensino Religioso – o estudo do texto bíblico;
• História/ Geografia – texto histórico: O surgimento da Páscoa no Egito e História de Faraó.
V – RECURSO MATERIAL
• Papel (ofício, 40, laminado, madeira, etc.);
• Lápis de cor e hidrocor, de quadro branco e giz; • Livros de História e textos bíblicos;
• Dicionário;
• Quadro Branco e de giz.
VI – AVALIAÇÃO:
A avaliação será de forma qualitativa. Serão observados os seguintes aspectos:
• Pontualidade;
• Assiduidade;
• Criatividade;
• Liderança de grupo.
VII – PRODUTO FINAL:
Depois de trabalhado o projeto, ao final será apresentado no último dia uma culminância com uma exposição de todos os trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Na ocasião, serão distribuídos lanches.
VIII – BIBLIOGRAFIA:
• Sites informativos;
• Bíblia Sagrada.
IX – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
Dia 14/04 – apresentação do Projeto. Iniciação com um texto ou conversa informativa;
Dia 15/04 – produção e reprodução de texto/ desenho e pintura sobre os símbolos da Páscoa;
Dia 16/04 – Será dividido em três etapas: 1ª Etapa - Montagem de um painel sobre a Páscoa; 2ª Etapa -
Culminância: apresentação das atividades realizadas em sala de aula; 3ª Etapa - Lanche coletivo.
PÁSCOA: TRABALHANDO VALORES
RELATÓRIO CULMINÂNCIA
Ø Acolhida:
Música Ambiente: Professor de Artes:
Profº Música - Demóstenes |
Profº Música - Demóstenes |
Ø Organização
do Ambiente: Painéis trabalhados na
salas de aula do 1º Segmento EJA:
Ø Palestra:
O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA-
Objetivo: Trabalhar o tema Páscoa,
explicando o verdadeiro sentido, desde o surgimento até os dias atuais.
José Carlos: Diretor adjunto |
Ø Via
Sacra: Leonardo Boff- Leitura Compartilhada
TEXTO:
VIA-SACRA, por Leonardo Boff
1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO À MORTE
NAQUELE TEMPO: CRISTO FOI CONDENADO
HOJE: JESUS CONTINUA A SER CONDENADO
O pecado do mundo, que
matou o Filho de Deus, continua a matar os filhos e filhas de Deus. A paixão de
Jesus se prolonga na paixão de nosso povo sofrido. Há por todas as partes sede
de justiça, fome de equidade e ânsia de fraternidade. Procura-se criar as
condições sociais, econômicas, políticas, pedagógicas e religiosas para
concretizar a justiça ao maior número possível. Só assim a justiça deixa de ser
mero desejo e começa a ser realidade concreta. Mas é também aqui que principiam
os obstáculos.
2ª ESTAÇÃO: JESUS TOMA
A CRUZ AOS OMBROS
NAQUELE TEMPO: JESUS
CARREGOU SUA CRUZ
HOJE: JESUS CONTINUA A
CARREGAR A CRUZ
Toda libertação e todo
sofrimento verdadeiro no direito e na justiça reclamam um preço a ser pago.
Essa cruz imposta aos já crucificados pela desumanização da vida é crime que
não escapa ao juízo de Deus. Desde que, em Jesus Cristo, Deus mesmo foi
crucificado na cruz, não há nenhuma cruz imposta injustamente que lhe seja
indiferente. Ele é solidário com todos aqueles que pendem de uma cruz. A
humilhação deles é também a sua. Não carregam a cruz sozinhos. Jesus a carrega
com eles e neles. Mas essa cruz, por mais desagregadora que seja, é digna,
porque é conseqüência de um compromisso digno, que é viver e lutar para que
haja cada vez menos cruzes injustas para os outros.
3ª ESTAÇÃO: JESUS CAI
PELA PRIMEIRA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS
CAIU PELA PRIMEIRA VEZ
HOJE: JESUS CONTINUA
CAINDO
A história geralmente
vem contada pelos que triunfaram. São eles que, para imortalizar seus feitos,
guardam as memórias documentais, levantam monumentos e fazem cantar epopéias.E
a história dos vencidos e caídos, quem a contará? Eles são esquecidos. As
ruínas e os sofrimentos deixados pelos arrivistas são recalcados, sua memória
apagada e a culpa silenciada. Existe uma anti-historia dos caídos de cujo drama
sangrento somente Deus conhece as verdadeiras dimensões. É o grupo de
agricultores que se reuniu para defender o direito assegurado de suas terras e
foi massacrado. São as tribos de índios que foram enxotadas de suas reservas e
foram sendo dizimadas pela subnutrição e pelas doenças. São os operários de
fábricas que, por reivindicarem salários mais justos, foram demitidos,
perseguidos, e seus líderes, dados por desaparecidos.
Todos esses são caídos.
É Jesus que, ao largo da via-sacra histórica, vai novamente caindo. Ele já
ressuscitou e está na glória de seu Pai. Mas sua ressurreição não está
completa, porque sua paixão na paixão de seus irmãos e irmãs ainda prossegue.
4ª ESTAÇÃO: JESUS SE
ENCONTRA COM SUA AFLITA MÃE
NAQUELE TEMPO: JESUS SE
ENCONTROU COM SUA MÃE
HOJE: CONTINUA O
ENCONTRO DE JESUS COM MARIA
Maria continua se
compadecendo de seus filhos e filhas, acompanha-os em seus sofrimentos,
reconforta-os com seu olhar de compreensão, de apoio, de aprovação, como fez
com seu filho Jesus. Na glória não fica indiferente ao drama dos seres humanos.
Como em seu Magnificat, em que toma partido pelos humildes contra os
orgulhosos, pelos pobres contra os prepotentes, continua a suscitar mulheres
corajosas que se empenham na realização da justiça e na superação das
discriminações impostas secularmente à mulher.
5ª ESTAÇÃO: SIMÃO
CIRENEU AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ
NAQUELE TEMPO: SIMÃO
CIRENEU AJUDOU JESUS
HOJE: SIMÃO CIRENEU
CONTINUA A AJUDAR
Nunca faltarão neste
mundo espíritos grandes e abnegados que, embora pertencendo a uma classe social
mais beneficiada, se solidarizem com aqueles que estão por baixo, façam corpo
com suas esperanças e sofram com suas penúrias. Haverá sempre Simões Cireneus,
feitos pessoas, feitos classes inteiras, que se prestarão a carregar a cruz do
Jesus que sofre e quase sucumbe nas vidas de milhões de trabalhadores e de
oprimidos.
6ª ESTAÇÃO: VERÔNICA
ENXUGA O ROSTO DE JESUS
NAQUELE TEMPO: VERÔNICA
ENXUGOU O ROSTO DE JESUS
HOJE: VERÔNICA CONTINUA
A ENXUGAR O ROSTO
Os homens piedosos
sempre perguntaram: Onde encontramos Deus? As religiões demarcaram os
principais lugares e situações privilegiadas na quais podemos encontrar Deus:
na oração, na interiorização, na vida simples e ascética, no serviço
desinteressado ao próximo. Os cristãos sabem que encontram Deus na Igreja, em
seus sacramentos, nas palavras sagradas das Escrituras, no encontro fraterno e
no amor ao próximo.
O manto de verônica nos
recorda, pelos séculos afora, a face do Filho do Homem, feito Servo sofredor.
Enxugando o rosto do irmão atormentado pela paixão dolorosa da vida, estamos
enxugando o rosto de Jesus que continua a se apresentar dolorido à compaixão
amorosa dos homens.
7ª ESTAÇÃO: JESUS CAI
PELA SEGUNDA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS
CAIU PELA SEGUNDA VEZ
HOJE: JESUS CONTINUA
CAINDO
Há tantos que foram de
tal forma golpeados pela vida e sofreram tão clamorosas injustiças que não
conseguem mais crer na esperança. Outros foram tão profundamente marcados pelas
desgraças, especialmente aquelas provocadas pela maldade humana, que se
tornaram céticos e incapazes de aceitar um sentido para a história global. Há
os que entregaram os pontos, se cansaram de sublimar, desistiram de esperar e
se renderam aos impulsos rudimentares da vida, do prazer e da autodestruição
por algum vício. Há um exército de irrecuperáveis, considerados peso morto da
história.
Jesus, que foi
considerado “a escória da humanidade”(Is 53,3), faz corpo com todos esses.
Neles ele continua caindo. É no chão que Jesus os encontra e é aí que quer
salvá-los.
8ª ESTAÇÃO: JESUS
EXORTA AS MULHERES DE JERUSALÉM
NAQUELE TEMPO: MULHERES
CHORAVAM POR JESUS
HOJE: MULHERES
CONTINUAM A CHORAR POR JESUS
Se não tivermos um
espírito de discernimento, estamos condenados a repetir a mesma tragédia ao
largo da história. Assim existem grupos, especialmente dos estratos opulentos
da sociedade, que utilizam o símbolo da cruz e o fato da morte redentora de
Cristo para justificar a necessidade do sofrimento e da morte e impedir que os
oprimidos façam ouvir os clamores das injustiças e as lamúrias de sua
humilhação. O apelo à morte redentora do Senhor quer ocultar a iniqüidade
daqueles que, precisamente por suas práticas e interesses egoísticos, provocam
a cruz e a morte nos outros.
9ª ESTAÇÃO: JESUS CAI
PELA TERCEIRA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS
CAIU NOVAMENTE
HOJE: JESUS CAIRÁ
SEMPRE
Há muitos que vivem
distantes de Deus por seus pecados. Sofrem porque gostariam de estar na
proximidade da graça e não conseguem. Caem e recaem. Um mecanismo pecaminoso os
envolve e os atira continuamente à mesma iniqüidade. Converter-se-iam se lhes
fossem dadas a força e as condições da liberdade. Estes não estão longe de Deus
nem do reino. O reconhecimento humilde de sua situação de que os pode lançar
nas mãos misericordiosas do Pai. Estão por terra, mas não se afogou a
esperança.
10ª ESTAÇÃO: JESUS É
DESPOJADO DE SUAS VESTES
NAQUELE TEMPO: JESUS
FOI DESNUDADO
HOJE: JESUS CONTINUA A
SER DESNUDADO
O ser humano pode,
mesmo violado, conferir um sentido à sua desgraça. Não se deixa vencer e tomar
pelo mal: vence o mal pelo bem; pode oferecer a vida como perdão aos inimigos e
como sacrifício para Deus. O mártir de outrora podia dizer, face aos que lhe
infligiam torturas: “Estas não são torturas, impostas por causa de Nosso Senhor
Jesus Cristo, mas são unções”, pois “no caminho da libertação a morte é a mais
sublime festa”. Nesses vilipendiados é vilipendiado Jesus Cristo, que está
sofrendo com os homens até o final dos tempos.
11ª ESTAÇÃO: JESUS É
PREGADO NA CRUZ
NAQUELE TEMPO: JESUS
FOI CRUSCIFICADO
HOJE: JESUS CONTINUA
SENDO PREGADO NA CRUZ
Não há estações
suficientes nesta via dolorosa que possam retratar todas as formas pelas quais
o Senhor continua sendo perseguido, aprisionado, condenado e novamente
crucificado. Mais que sofrer, Jesus prossegue o seu oferecimento aos irmãos e a
Deus, continua a perdoar e persiste em amar a todos até o fim.
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