sábado, 21 de junho de 2014

PROJETO: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO  PESSOA

 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA

 ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES 

MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

 PROJETO: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA


 Público-alvo: Professoras e Alunos do 1º segmento da E.J.A. (Educação de Jovens e Adultos) 
Período: De 14 à 16 de abril de 2014 I 

I - OBJETIVO GERAL: 
Trabalhar o tema Páscoa, explicando o verdadeiro sentido, desde o surgimento até os dias atuais.

 II – OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

 1. Reconhecer a importância de estudar o tema Páscoa;
 2. Conhecer os principais símbolos da Páscoa e seus significados;
3. Cantar músicas relacionadas à Páscoa (Ressuscitou! Ô aleluia!);
 4. Desenhar e pintar imagens que lembrem a passagem da vida e morte de Jesus Cristo;
 5. Produzir textos a partir de gravuras;
 6. Reproduzir textos a partir de outros;
 7. Montar painéis relacionados à Páscoa.

 III – JUSTIFICATIVA: 

  O projeto O verdadeiro sentido da Páscoa tem por finalidade explicar aos nossos alunos a importância de conhecer a história do surgimento da Páscoa. Sabendo que a primeira Páscoa foi celebrada no Egito, quando Moisés reuniu o povo Hebreu que vivia escravizado pelo Faraó, eles participaram comendo cordeiro (macho de um ano, sem nenhum defeito), pães asmos (pães sem fermento) e ervas amargas. Depois disto, a Páscoa foi celebrada por Jesus Cristo muito tempo depois. Páscoa significa mudanças de uma vida de sofrimento para outra de vitórias que inclui paz, amor, prosperidade, saúde e harmonia no lar. Jesus Cristo sofreu muito e morreu, mas ao terceiro dia Ele ressuscitou para uma vida eterna. Temos que mostrar aos nossos alunos que as lutas que eles têm hoje em vir à escola, esforçar-se nas tarefas, serão recompensadas por um futuro melhor para eles e para sua família. As lutas que temos, os sofrimentos de hoje passarão, e se confiarmos em Deus teremos vitórias.

 IV – INTERDISCIPLINARIDADE:

  Serão integradas as seguintes disciplinas:
 • Português – Produção e reprodução de textos, leitura, escrita, treino ortográfico, estudo de vocabulário, etc.;
• Artes – Desenhos, pinturas, músicas, dramatizações;
 • Ensino Religioso – o estudo do texto bíblico;
 • História/ Geografia – texto histórico: O surgimento da Páscoa no Egito e História de Faraó.

 V – RECURSO MATERIAL
 • Papel (ofício, 40, laminado, madeira, etc.);
 • Lápis de cor e hidrocor, de quadro branco e giz; • Livros de História e textos bíblicos;
 • Dicionário;
 • Quadro Branco e de giz.


 VI – AVALIAÇÃO:

A avaliação será de forma qualitativa. Serão observados os seguintes aspectos:
 • Pontualidade;
 • Assiduidade;
 • Criatividade;
 • Liderança de grupo.

 VII – PRODUTO FINAL:

    Depois de trabalhado o projeto, ao final será apresentado no último dia uma culminância com uma exposição de todos os trabalhos desenvolvidos em sala de aula. Na ocasião, serão distribuídos lanches.

 VIII – BIBLIOGRAFIA:
  • Sites informativos;
 • Bíblia Sagrada.

 IX – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
Dia 14/04 – apresentação do Projeto. Iniciação com um texto ou conversa informativa;
 Dia 15/04 – produção e reprodução de texto/ desenho e pintura sobre os símbolos da Páscoa;
 Dia 16/04 – Será dividido em três etapas: 1ª Etapa - Montagem de um painel sobre a Páscoa; 2ª Etapa - 
Culminância: apresentação das atividades realizadas em sala de aula; 3ª Etapa - Lanche coletivo.


PÁSCOA: TRABALHANDO VALORES
RELATÓRIO CULMINÂNCIA

Ø  Acolhida: Música Ambiente: Professor de Artes: 


Profº Música - Demóstenes


Profº Música - Demóstenes


Ø  Organização do Ambiente: Painéis trabalhados  na salas de aula do 1º Segmento EJA: 




Ø  Palestra: O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA- 
Objetivo: Trabalhar o tema Páscoa, explicando o verdadeiro sentido, desde o surgimento até os dias atuais.

José Carlos: Diretor adjunto


Ø  Via Sacra: Leonardo Boff- Leitura Compartilhada






TEXTO: VIA-SACRA, por Leonardo Boff
1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO À MORTE
NAQUELE TEMPO: CRISTO FOI CONDENADO
HOJE: JESUS CONTINUA A SER CONDENADO
O pecado do mundo, que matou o Filho de Deus, continua a matar os filhos e filhas de Deus. A paixão de Jesus se prolonga na paixão de nosso povo sofrido. Há por todas as partes sede de justiça, fome de equidade e ânsia de fraternidade. Procura-se criar as condições sociais, econômicas, políticas, pedagógicas e religiosas para concretizar a justiça ao maior número possível. Só assim a justiça deixa de ser mero desejo e começa a ser realidade concreta. Mas é também aqui que principiam os obstáculos.

2ª ESTAÇÃO: JESUS TOMA A CRUZ AOS OMBROS
NAQUELE TEMPO: JESUS CARREGOU SUA CRUZ
HOJE: JESUS CONTINUA A CARREGAR A CRUZ
Toda libertação e todo sofrimento verdadeiro no direito e na justiça reclamam um preço a ser pago. Essa cruz imposta aos já crucificados pela desumanização da vida é crime que não escapa ao juízo de Deus. Desde que, em Jesus Cristo, Deus mesmo foi crucificado na cruz, não há nenhuma cruz imposta injustamente que lhe seja indiferente. Ele é solidário com todos aqueles que pendem de uma cruz. A humilhação deles é também a sua. Não carregam a cruz sozinhos. Jesus a carrega com eles e neles. Mas essa cruz, por mais desagregadora que seja, é digna, porque é conseqüência de um compromisso digno, que é viver e lutar para que haja cada vez menos cruzes injustas para os outros.

3ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS CAIU PELA PRIMEIRA VEZ
HOJE: JESUS CONTINUA CAINDO
A história geralmente vem contada pelos que triunfaram. São eles que, para imortalizar seus feitos, guardam as memórias documentais, levantam monumentos e fazem cantar epopéias.E a história dos vencidos e caídos, quem a contará? Eles são esquecidos. As ruínas e os sofrimentos deixados pelos arrivistas são recalcados, sua memória apagada e a culpa silenciada. Existe uma anti-historia dos caídos de cujo drama sangrento somente Deus conhece as verdadeiras dimensões. É o grupo de agricultores que se reuniu para defender o direito assegurado de suas terras e foi massacrado. São as tribos de índios que foram enxotadas de suas reservas e foram sendo dizimadas pela subnutrição e pelas doenças. São os operários de fábricas que, por reivindicarem salários mais justos, foram demitidos, perseguidos, e seus líderes, dados por desaparecidos.
Todos esses são caídos. É Jesus que, ao largo da via-sacra histórica, vai novamente caindo. Ele já ressuscitou e está na glória de seu Pai. Mas sua ressurreição não está completa, porque sua paixão na paixão de seus irmãos e irmãs ainda prossegue.

4ª ESTAÇÃO: JESUS SE ENCONTRA COM SUA AFLITA MÃE
NAQUELE TEMPO: JESUS SE ENCONTROU COM SUA MÃE
HOJE: CONTINUA O ENCONTRO DE JESUS COM MARIA
Maria continua se compadecendo de seus filhos e filhas, acompanha-os em seus sofrimentos, reconforta-os com seu olhar de compreensão, de apoio, de aprovação, como fez com seu filho Jesus. Na glória não fica indiferente ao drama dos seres humanos. Como em seu Magnificat, em que toma partido pelos humildes contra os orgulhosos, pelos pobres contra os prepotentes, continua a suscitar mulheres corajosas que se empenham na realização da justiça e na superação das discriminações impostas secularmente à mulher.

5ª ESTAÇÃO: SIMÃO CIRENEU AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ
NAQUELE TEMPO: SIMÃO CIRENEU AJUDOU JESUS
HOJE: SIMÃO CIRENEU CONTINUA A AJUDAR
Nunca faltarão neste mundo espíritos grandes e abnegados que, embora pertencendo a uma classe social mais beneficiada, se solidarizem com aqueles que estão por baixo, façam corpo com suas esperanças e sofram com suas penúrias. Haverá sempre Simões Cireneus, feitos pessoas, feitos classes inteiras, que se prestarão a carregar a cruz do Jesus que sofre e quase sucumbe nas vidas de milhões de trabalhadores e de oprimidos.

6ª ESTAÇÃO: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS
NAQUELE TEMPO: VERÔNICA ENXUGOU O ROSTO DE JESUS
HOJE: VERÔNICA CONTINUA A ENXUGAR O ROSTO
Os homens piedosos sempre perguntaram: Onde encontramos Deus? As religiões demarcaram os principais lugares e situações privilegiadas na quais podemos encontrar Deus: na oração, na interiorização, na vida simples e ascética, no serviço desinteressado ao próximo. Os cristãos sabem que encontram Deus na Igreja, em seus sacramentos, nas palavras sagradas das Escrituras, no encontro fraterno e no amor ao próximo.
O manto de verônica nos recorda, pelos séculos afora, a face do Filho do Homem, feito Servo sofredor. Enxugando o rosto do irmão atormentado pela paixão dolorosa da vida, estamos enxugando o rosto de Jesus que continua a se apresentar dolorido à compaixão amorosa dos homens.

7ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS CAIU PELA SEGUNDA VEZ
HOJE: JESUS CONTINUA CAINDO
Há tantos que foram de tal forma golpeados pela vida e sofreram tão clamorosas injustiças que não conseguem mais crer na esperança. Outros foram tão profundamente marcados pelas desgraças, especialmente aquelas provocadas pela maldade humana, que se tornaram céticos e incapazes de aceitar um sentido para a história global. Há os que entregaram os pontos, se cansaram de sublimar, desistiram de esperar e se renderam aos impulsos rudimentares da vida, do prazer e da autodestruição por algum vício. Há um exército de irrecuperáveis, considerados peso morto da história.
Jesus, que foi considerado “a escória da humanidade”(Is 53,3), faz corpo com todos esses. Neles ele continua caindo. É no chão que Jesus os encontra e é aí que quer salvá-los.

8ª ESTAÇÃO: JESUS EXORTA AS MULHERES DE JERUSALÉM
NAQUELE TEMPO: MULHERES CHORAVAM POR JESUS
HOJE: MULHERES CONTINUAM A CHORAR POR JESUS
Se não tivermos um espírito de discernimento, estamos condenados a repetir a mesma tragédia ao largo da história. Assim existem grupos, especialmente dos estratos opulentos da sociedade, que utilizam o símbolo da cruz e o fato da morte redentora de Cristo para justificar a necessidade do sofrimento e da morte e impedir que os oprimidos façam ouvir os clamores das injustiças e as lamúrias de sua humilhação. O apelo à morte redentora do Senhor quer ocultar a iniqüidade daqueles que, precisamente por suas práticas e interesses egoísticos, provocam a cruz e a morte nos outros.

9ª ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
NAQUELE TEMPO: JESUS CAIU NOVAMENTE
HOJE: JESUS CAIRÁ SEMPRE
Há muitos que vivem distantes de Deus por seus pecados. Sofrem porque gostariam de estar na proximidade da graça e não conseguem. Caem e recaem. Um mecanismo pecaminoso os envolve e os atira continuamente à mesma iniqüidade. Converter-se-iam se lhes fossem dadas a força e as condições da liberdade. Estes não estão longe de Deus nem do reino. O reconhecimento humilde de sua situação de que os pode lançar nas mãos misericordiosas do Pai. Estão por terra, mas não se afogou a esperança.

10ª ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
NAQUELE TEMPO: JESUS FOI DESNUDADO
HOJE: JESUS CONTINUA A SER DESNUDADO
O ser humano pode, mesmo violado, conferir um sentido à sua desgraça. Não se deixa vencer e tomar pelo mal: vence o mal pelo bem; pode oferecer a vida como perdão aos inimigos e como sacrifício para Deus. O mártir de outrora podia dizer, face aos que lhe infligiam torturas: “Estas não são torturas, impostas por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas são unções”, pois “no caminho da libertação a morte é a mais sublime festa”. Nesses vilipendiados é vilipendiado Jesus Cristo, que está sofrendo com os homens até o final dos tempos.

11ª ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ
NAQUELE TEMPO: JESUS FOI CRUSCIFICADO
HOJE: JESUS CONTINUA SENDO PREGADO NA CRUZ
Não há estações suficientes nesta via dolorosa que possam retratar todas as formas pelas quais o Senhor continua sendo perseguido, aprisionado, condenado e novamente crucificado. Mais que sofrer, Jesus prossegue o seu oferecimento aos irmãos e a Deus, continua a perdoar e persiste em amar a todos até o fim.

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