sábado, 21 de junho de 2014

ABERTURA DO ANO LETIVO 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO O PESSOA
SECRETARIA DE EDUCAÇAO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LUIZ VAZ DE CAMÕES
MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ABERTURA DO ANO LETIVO 2014
RELATÓRIO
DATA: 06/02/2014
1º Momento
Acolhida: Música Ambiente- Recepção feita pela equipe pedagógica e professores  da EJA:

COMPOSIÇÃO DA MESA – PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS EM GERAL

Hino Nacional: Entoação do Hino Nacional – Vídeo Oficial

Direção: Apresentação de professores  e  equipe de funcionários.

Orientações sobre a EJA na organização de CICLO:

 A EJA se organiza em três CICLOS: 

1º Segmento (Ciclos I e II) e 2º Segmento (Ciclos III e IV) no período de 01 ano letivo cada ciclo. Obedecendo a 200 dias com 800 horas/aula e os componentes curriculares da Base Comum Nacional: 1º Segmento da EJA: Língua Portuguesa - Matemática - Estudos da Sociedade e da Natureza. E o   Segmento da EJA: Língua portuguesa – Artes- Matemática- Ciências-História- Geografia- Ensino religioso - Língua estrangeira moderna.

Ano letivo  2013: Retrospectiva do Ano Letivo de 2013-

Apresentação do Rendimento Escolar


Ciclo
Mat inicial
Transf.
Aband.
Aprov.
Reprov.
Mat. final
Ind. Aprov.
Ind. Reprov.
Ind. Aband.
Ind.
Transf.
I
32
00
15
07
10
17
21,9%
31,3%
46,9 %

II
52
01
23
21
07
28
40,4%
13,5%
44,2%
1,9%
III
122
04
76
35
07
42
28,6%
5,7%
62,%
3,2%
IV
48
05
18

21
04

25
43,8%
8,3%
37,5%
10,4%
Total
254
10
132
84
28
112
33%
11,2%
51,9%
3,9%



Orientações sobre as Normas da Escola (Diretor Adjunto:  Zé Carlos)
Leitura e discussão do Regimento Escolar
2º Momento
Entrega da lista aos professores e chamada Individual dos alunos por turma para se organizarem na sala de aula.

Atividades na sala de aula: Dinâmica de apresentação

Texto reflexivo:
“OS CAMINHOS NOTURNOS DO APRENDER”
“Gosto de acordar cedo, quando as ruas ainda estão vazias e ainda se ouve o silêncio  e ver a cidade vagarosamente despertar. Pelo meu caminho vou encontrando as donas de casa, varrendo calçadas, ou reunidas em torno de suas vassouras, conversando. Rostos já conhecidos, nos pontos de ônibus, sempre à mesma hora a caminho do trabalho. Passam os trabalhadores, radinhos de pilha ligados, gozando seu cigarrinho que lhes fala de liberdade, este pequeno espaço que se esvai na fumaça. Os pais passando apressados levando seus filhos para escola. Começa o tempo do trabalho. Em tempos idos as fábricas se encarregavam de acordar os preguiçosos da sonolência, com seus longos apitos, dizendo que já era hora. Hoje os apitos se tornaram obsoletos, pois cada um, sem o saber, carrega o seu no pulso, vistosos mostradores japoneses com inúmeros botões, que cantam o tempo a cada quarto de hora. Imagino que nas casas os fogões se acendem, a água ferve, o café é coado, a manteiga é passada no pão, e os corpos ressuscitam do torpor do sono e do encanto dos sonhos para o tempo do dever: É preciso trabalhar. E aos poucos, o tempo das lojas, dos bancos, das contas a pagar, das fábricas, vai se apossando do corpo que é possuído pela luta implacável pela sobrevivência.
Quando o dia vai chegando ao fim, o movimento se inverte e os rostos cansados fazem o caminho contrário, para a sopa, a novela, a leitura, para a alegria do reencontro ou para a monotonia das proximidades que se esgotaram, para a solidão, para o sono, porque amanhã é outro dia, e é preciso acordar cedo, tomar o café, ir para o trabalho...
Mais é ai que a cidade desperta para outro tempo: tempo dos barzinhos, da cerveja, da boemia, dos concertos, dos secretos e proibidos rituais oníricos, para o amor. É também o tempo do escuro, do medo, do terror noturno, das coisas que se fazem sobre a proteção da noite, da violência, das portas fechadas...
Mas há aqueles que fazem um caminho diferente, como se fizessem à noite aquilo que deveriam ter feito durante o dia, e que não voltam para casa e nem vão para festa. Vão para a escola.
            Quem são estes?
            Que pretendem?
            Quais os seus sonhos ?
Luta contra a monotonia do dia ?
Fuga da solidão?
Procuram, na noite, um saber que os levará a dias melhores?
Procuram um tempo perdido?
Estarão ali, nas salas de aula, na luta contra o cansaço e o sono, a vontade é mais forte que tudo, enfrentando todos os sacrifícios, porque estão cheios de sonhos e esperanças?
Serão os pobres que a pobreza obriga a trabalhar de dia, só lhes restando estudar a noite, pagando a educação com aquilo que ganharam?
Ou serão outros, abastados, mas que não encontraram um sentido para vida, e procuram tardiamente aquilo que deveriam ter tido muito antes?
Serão os moços?
Ou os velhos?
Talvez uma mistura de tudo...
E ali, na sala de aula, diante dos seus alunos assentados o professor sensível poderá perceber que ele se encontra diante de muitos mistérios. O saber que ele serve será comido por bocas muito diferentes. Umas, famintas, desejosas de mais. Outras, enfadadas, por estarem ali só com seus corpos. Parodiando a Cecília: ‘os corpos naquelas salas, as almas por longes terras...’
Talvez ali que, nas salas da escola noturna, a alma da nossa gente com todas as suas contradições, esperanças e equívocos esteja mais presente que nas escolas do dia...”.
Rubem Braga


Regina Celi Delfino da Silva
João Pessoa, 12/03/2014


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